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09/04/2020

Volkswagen deve abandonar Projeto Cyclone

São Paulo, 09 (AE) - A crise causada pelo novo coronavírus pode mudar os planos da Volkswagen para a América Latina. A marca de origem alemã está prestes a desistir de produzir a nova Amarok na Argentina. A próxima geração da picape vem sendo desenvolvida em conjunto com a Ford, no chamado Projeto Cyclone e também dará origem à nova Ranger.

Embora o projeto deva prosseguir mundialmente, a produção na Argentina está praticamente descartada. O motivo apontado é a crise no mercado local, agravada pela pandemia. A fábrica da VW em Pacheco deveria produzir nas novas Amarok e Ranger a partir de 2022.

De acordo com o portal Autoblog Argentina, a decisão de cancelar a produção foi tomada pela própria VW Latinoamerica, braço local da marca, que se reuniu com fornecedores e sindicatos na Argentina para definir o cancelamento, comunicando-o à matriz alemã. A Ford foi avisada em seguida.

Além da crise, a Volkswagen argentina não estaria contente em entregar a produção da Amarok à Ford, que tem maior experiência no segmento. A Amarok nunca chegou a atingir os números de venda desejados em várias partes do mundo, embora tenha superado a Ranger na Argentina em alguns momentos.

Ao que tudo indica, apenas a Amarok está oficialmente cancelada na Argentina. A Ford poderá continuar desenvolvendo a nova Ranger e produzi-la em Pacheco. Segundo fontes, as relações entre VW e Ford continuam as mesmas, mas entre as equipes locais estão estremecidas. As mesma fontes disseram que já havia certa má vontade entre os dois times, principalmente por integrantes remanescentes da antiga Autolatina.

Um dos objetivos da VW ao entregar o projeto da nova Amarok à Ford foi liberar espaço e pessoal para trabalhar no desenvolvimento do Tarek, o SUV médio que a VW fará por no país vizinho. Também há possíveis participações no projeto da Tarok. Mas se for mesmo confirmada, a picape intermediária dever ser produzida no Brasil.

RANGER EM VERSÃO RADICAL

Versão da Ranger feita nos Estados Unidos desde 2019, a Raptor também fará parte da linha da picape vendida no Brasil a partir do ano que vem. A estreia deveria ocorrer no Salão do Automóvel de São Paulo, em novembro, que foi cancelado.

A versão esportiva é inspirada na F-150 Raptor, mas em vez de motor V8 sobrealimentado sob o capô, a Ranger terá um 2.0 a diesel de quatro cilindros com dois turbos.

O propulsor foi retrabalhado pela Ford Performance e entrega 213 cv. A potência é maior que os 200 cv do modelo vendido no Brasil e na Austrália.

Nos dois países a picape é oferecida com um 3.2 turbodiesel de cinco cilindros. O torque chega a 51 mkgf. O câmbio da Ranger Raptor será automático de dez marchas. A filial australiana da Ford foi uma das principais responsáveis pelo desenvolvimento da versão esportiva.

A Raptor também tem sistema de tração mais sofisticado, controlado eletronicamente e que varia a atuação de acordo com o modo de condução escolhido. Há até uma opção Baja, que aciona a tração integral e melhora as respostas do acelerador e da caixa de câmbio.

Outra diferença importante é a suspensão elevada e com amortecedores de curso maior. As rodas têm 17 polegadas e são calçadas com enormes pneus para todo terreno da marca BF Goodrich. A altura do solo foi elevada para 28,3 centímetros e os ângulos de entrada e saída são de 32,5° e 24° respectivamente Com isso a picape poderá encarar o off-road pesado.

Fonte: Estadão Conteúdo

 

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