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09/07/2020

VW Nivus é mais que um SUV atraente

Quando o Tiguan AllSpace foi lançado no Brasil, em 2018, executivos da Volkswagen prometeram que a marca lançaria uma "enxurrada" de SUVs. Depois do médio, vieram os compactos T-Cross, em 2019, e agora o Nivus. O novo modelo, que foi projetado e desenvolvido no Brasil, é um produto global.

Produzido em São Bernardo do Campo (SP), o Nivus é o primeiro SUV "cupê" do segmento de compactos. Na prática o modelo que mescla características com a mais altura livre do solo com o estilo de cupê na parte final da carroceria.

Com desenho que atrai olhares por onde passa, o modelo não esconde as semelhanças com o Polo, sobretudo nas lateral - as portas são as mesmas. A diferença surge na coluna traseira, onde as semelhanças com o T-Cross estão restritas à faixa preta que liga as lanternas. A dianteira, por sua vez, tem visual exclusivo.

Se de perto o Nivus parece um SUV, de longe perde a imponência e parece um hatch que tomou anabolizantes e não faltou nos treinos da academia.

As linhas não só foram concebidas no Brasil, como são obra de um brasileiro. Trata-se de José Carlos Pavone, chefe de design da Volkswagen para a América Latina.

O fato é que o Nivus tem atributos para agradar os donos de Golf, que, segundo informações da marca, não deve ter nova geração por aqui. Os dois modelos têm público-alvo parecido: de 30 a 35 anos, fãs de tecnologia, games e estilo de vida.

Gama enxuta. O Nivus é oferecido em duas versões: Comfortline e Highline. Os preços partem de R$ 85.890 e R$ 98.290, respectivamente.

De série há seis air bags, controles eletrônicos de tração e estabilidade e assistente de partida em rampa. Câmera atrás, faróis e lanternas de LEDs, sensor de obstáculos na traseira, sistema Isofix e Top Tether de fixação para assento infantil também fazem parte do pacote de equipamentos de fábrica. Assim como espelhos externos com rebatimento elétrico, freio a disco nas quatro rodas, saídas de ar-condicionado e porta USB na parte traseira.

A mais, a versão de topo, Highline, traz volante de couro com aletas para trocas manuais de marcha, faróis de neblina de LEDs, ar-condicionado automático, sensor de obstáculos na dianteira, acionamento automático dos faróis e limpadores de para-brisa, chave presencial e partida do motor por botão.

O principal destaque é a central multimídia VW Play com tela de 10,1 polegadas. Confira os detalhes no texto abaixo.

O controle de velocidade adaptativo e a frenagem autônoma de emergência são itens exclusivos na categoria de SUVs compactos no País. O único pacote de opcional, batizado de "Play & Tech" é oferecido apenas para a versão Comfortline.

Por R$ 3.520, inclui a central multimídia, o volante de couro com aletas para trocas de marcha, o controle de velocidade adaptativo e o sistema de freio automático de emergência.

O Nivus usa a mesma plataforma modular MQB de Polo e T-Cross. Por isso o espaço entre o eixo dianteiro, a parede corta-fogo e a posição dos pedais e da coluna de direção é igual nos três carros. Assim, foi possível reduzir o tempo de desenvolvimento de três para dois anos, de acordo com a VW.

O entre-eixos, com 2,56 metros, é menor que o do T-Cross (2,65 m). Isso limitou o espaço para quem vai atrás, mas ainda assim, o SUV oferece conforto para dois adultos de até 1,80 m. Já o teto com caída acentuada atrás compromete a área para quem tem 1,90 m ou mais.

Diferentemente do Polo, o assoalho não é plano. Um eventual quinto ocupante terá de lidar com o túnel central alto.

O Nivus tem 4,26 metros de comprimento (7 cm maior que o T-Cross). Isso ampliou o porta-malas, que tem 420 litros, ou 47 l a mais que o do "irmão".

Por dentro, o novato repete a fórmula adotada no Polo e no T-Cross. O acabamento de painel e portas, bem como o console central, peca pelo excesso de plástico duros.

O volante é novo e traz o símbolo renovado da VW. Na versão Highline o painel de instrumentos é virtual e configurável.

A posição de guiar é fácil de encontrar. A ergonomia agrada, com fácil acesso a todos os comandos do carro.

Motor e dirigibilidade

O único motor disponível para o Nivus é o 1.0 de três-cilindros com turbo e tecnologia flexível. Com 100% de etanol no tanque a potência chega a 128 cv e o torque, a 20,4 mkgf. O câmbio é o automático de seis marchas com função esportiva. Uma versão manual chegou a ser considerada, mas a VW constatou em pesquisas que não haveria demanda.

Esse conjunto permite acelerar de 0 a 100 km/h em 10 segundos e alcançar 189 km/h. Como o T-Cross, o Nivus anda bem.

As arrancadas e retomadas de velocidade agradam, mas não dá para esperar respostas apimentadas que combinem com o visual esportivo. A solução seria adotar o 1.4 turbo de 150 cv que equipa o T-Cross Highline e a versão GTS do Polo e Virtus.

Quando se exige fôlego do Nivus, dá para perceber o bom nível de isolamento acústico. O som tintilante do três-cilindros não invade a cabine quando se pisa fundo no acelerador.

A suspensão, independente na frente e com eixo de torção na traseira, deixa o SUV 2,75 cm mais alto que o Polo. São 10 mm na suspensão e 17,5 mm no conjunto de roda e pneus.

A dirigibilidade agrada. O novo modelo encara bem as curvas e a carroceria balança pouco em alta velocidade. O ajuste da direção permite respostas diretas e torna o SUV ágil, sobretudo considerando seu porte.

FICHA TÉCNICA

VW Nivus Highline

Preço sugerido R$ 98.290

Motor 1.0, 3 cil., 12V, turbo, flexível

Potência (cv)* 128 a 5.500 rpm

Torque (mkgf)* 20,4 a 2.000 rpm

Câmbio Automático, 6 m.

Comprimento 4,26 metros

Porta-malas 415 litros

*DADOS COM ETANOL; FONTE: VW

PRÓS E CONTRAS

Visual

SUV se destaca pelas linhas que fogem do lugar comum e atraem olhares onde o modelo passa.

Espaço atrás

Por causa do porta-malas amplo e do teto caído atrás, área no banco traseiro ficou sacrificada.

Fonte: Estadão Conteúdo
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