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30/05/2021

"Foram noites angustiantes, mas Deus foi meu escudo", diz assisense que venceu a COVID-19

As histórias de superação da COVID-19 vêm sempre cheias de sentimentos. Em um primeiro momento a angústia, o medo e o pavor dominam a mente do paciente, mas ao se apegarem na fé, no apoio da família e na confiança dos profissionais de saúde, tudo isso vira esperança.

E esperança foi o que não faltou para a assisense Stefania Soares Ramos, de 40 anos, que se viu em uma cama de hospital, internada, com 90% de seu pulmão comprometido pelos agravantes da COVID-19.

"Eu estava em casa cuidando do meu esposo, que estava positivado e eu também testei positivo. Até meu oitavo dia de sintomas, tudo corria bem, mas então comecei a ter febre e foram dias e dias indo à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) para fazer raio-x e controlar a saturação, mas sempre com resultados positivos", contou Stefania.

Após alguns dias, a assisense sentiu novos sintomas, como vômito e diarréia e nesse momento pagou uma consulta particular para pedir uma tomografia. "Fui até a Santa Casa fazer a tomografia e no resultado deu 20% do pulmão comprometido. O médico trocou minha medicação e disse que daria para tratar em casa", explicou.

Divulgação - Stefania Soares Ramos, 40 anos
Stefania Soares Ramos, 40 anos


Mal sabia Stefania que sua luta se iniciava ali, naqueles 20% de comprometimento no pulmão. Em menos de dois dias a saturação caiu muito e seu esposo precisou chamar o SAMU e Estefania mais uma vez deu entrada na UPA.

"Cheguei lá e já me deixaram internada. Fiquei um dia e meio para poder realizar outra tomografia e nessa meu pulmão já estava com 60% de comprometimento. Tive muito medo fui internada na Santa Casa de Assis", desabafou.

A luta da internação

Após dois dias de internação, uma nova tomografia foi realizada e então veio a notícia que abalou sua vida: 90% de comprometimento do pulmão.

"Fiquei com medo, desanimei! Minhas noites eram de angustia e pânico, dali para a UTI era um pulo e eu não queria, não podia me render. Mas Deus seria meu escudo e minha fé seria renovada, ali dentro daquele hospital", contou Stefania.

A assisense sofre de Síndrome do Pânico e suas crises foram potencializadas nas noites de internação. "Eu não dormi por pelo menos 10 noites; minha ansiedade atacava, as crises vinham e eu passava muito mal durante a noite. Foi difícil!", relatou.

Renovação da Fé

"Eu sempre tive Deus como pilar na minha vida, mas todo o amor Dele, a misericórdia e a unção foram renovadas no hospital". Foi assim que Stefania descreveu a força que Deus deu para que ela começasse a reagir ao tratamento.

O médico infectologista Paulo e o fisioterapeuta Guilherme Moreira explicaram para Stefania seu quadro e em conversas com muitas palavras de apoio, declararam que fariam o possível e o impossível para evitar a UTI.

"E então Deus se mostrou presente em minha vida, foi Dele, do escudo que Ele foi pra mim, que encontrei forças para reagir. Eu pensava em meu esposo, minha filha que está grávida, minhas irmãs e minha mãe; pensava em como precisava me recuperar e viver minha vida ao lado deles e então os milagres foram acontecendo", disse emocionada.

Stefania começou a se alimentar melhor, beber água e rezar. Ganhou uma Bíblia de sua mãe e todas as noites rezava o Salmo 91 e um Pai Nosso, de manhã, de tarde e à noite.

"Além disso, durante minhas crises noturnas eu sempre colocava meu fone e ouvia louvores. Parte disso era para amenizar a dor de estar em um hospital. Ali deitada no silêncio da noite, eu escutava pacientes chorando, agonizando por faltar o ar, pedidos de urgência para uma vaga em UTI; foram noites torturantes e meus louvores amenizavam isso", desabafou Stefania.

Recuperação

Após 15 dias internada na Santa Casa, enfim a vitória veio, e ali de frente para todos os profissionais de saúde que estiveram ao seu lado, Stefania reencontrou sua família.

"Eu só tenha a agradecer aos profissionais que estiveram ao meu lado, aos médicos infectologistas doutor Paulo e doutor Wilson, ao fisioterapeuta Guilherme e às duas enfermeiras que foram os anjos que Deus colocou no meu caminho, Luana Alves e Ju Marquete. Essa equipe que está ali diariamente ao nosso lado supre o carinho que nossa família poderia nos dar, caso houvesse visitas", agradeceu.

Divulgação - Stefania ficou 15 dias internada na Santa Casa de Assis
Stefania ficou 15 dias internada na Santa Casa de Assis


A assisense foi para casa ainda com oxigênio e aos poucos foi se recuperando, fazendo fisioterapia e voltando à sua vida normal, vida que ela agradece diariamente.

"Já faz quatro dias que estou sem o oxigênio, sigo com as fisioterapias e sei que algumas sequelas ficarão por um tempo, mas nada disso se compara à felicidade de estar viva, de voltar para minha casa, poder estar com meu esposo e minha filha. Essa é a minha vitória", disse orgulhosa.

Recado de esperança


Fonte: AssisCity
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