A Faça Bonito de Tupã continuará com ações de mobilização on-line até o fim do mês. Este ano, o município também aderiu ao #MaioLaranja, a cor é uma alusão à gérbera, flor que simboliza a campanha para conscientização contra o abuso e exploração sexual infantil no Brasil.
Segundo a conselheira tutelar, Aline Parmezan, o 18 de Maio não é uma data de celebrações, e sim para lembrar a sociedade da necessidade de proteger as crianças e os adolescentes diariamente. "Todo trabalho informativo é feito em nome daqueles que sofreram violência sexual, e serve para engajar a população no enfrentamento e prevenção de novos casos, porque uma denúncia pode salvar a infância de uma criança", declarou.
Campanha Faça Bonito continuará até o fim de maio
Uma das missões do Conselho Tutelar é tornar a manutenção dos direitos dos menores de idade uma causa conhecida. Neste #MaioLaranja, outros vídeos especiais, e com depoimentos de especialistas serão disponibilizados nas redes sociais da Prefeitura de Tupã e no site criado exclusivamente para a campanha.
A secretária de Assistência Social, Patrícia Fernandes, destacou que os canais de comunicação de situações de violência sexual foram ampliados a fim de amenizar os impactos das restrições impostas pela pandemia do novo coronavírus. "O isolamento social aumentou a vulnerabilidade das vítimas que não conseguem relatar o abuso, seja por vergonha, medo, sentimento de culpa ou simplesmente por não saberem como falar sobre o assunto. E muitas vezes, as pessoas próximas têm receio de procurar socorro. Mas, nosso município conta com diversos canais para denúncias anônimas, e é muito importante não se omitir", declarou.
As suspeitas de violação dos direitos de crianças e adolescentes podem ser apresentadas no Conselho Tutelar, CREAS, Polícia Civil/ DDM, pelo site www.tupa.sp.gov.br/facabonito, ou pelo Disque 100. A Rede de Proteção atua de forma integral, onde as vítimas e familiares recebem orientações e acompanhamento médico, socioassistencial e psicológico, e os agressores são indiciados judicialmente.
Qualquer ato de exposição ou conjunção carnal que envolva crianças e adolescentes até 14 anos, independente de consentimento da vítima, é considerado estupro de vulnerável. De acordo com o art. 213 do Código Penal, também configura estupro quando há ameaças e/ou violência contra maiores de 14 anos.
Estes e outros dados referentes ao tema podem ser consultado na cartilha desenvolvida pelo município e adotada pela Polícia Civil do estado de São Paulo. Conforme o delegado de polícia, Nelson Miguel Boaretti, há também dicas para reconhecer os sinais de que uma criança está sendo abusada sexualmente. "Nosso papel é apurar e tentar acabar, em parceria com os demais órgãos envolvidos, com os crimes de violência sexual. Este é o propósito da cartilha e deve ser o de todos nós".
